Foi muita praia com os netos, as filhas, aproveitei tudo que tinha direito, e estava decidido: Vou ao Pantanal... As meninas me aconselharam a ir de Avião, mas eu não queria, era muita dificuldade, ir até Belém, pegar um avião, chegar no Mato Grosso sem ser de moto não era o que eu queria. As meninas foram a internete em busca de ônibus ou seja; empresas que faziam linha até o Pantanal, mas onibus saindo de Bragança, até o Mato Grosso do Sul, não tem, eu tinha que ir até Santa Maria do Pará, de lá pegaria um ônibus até Goiania e de lá outro até o Mato Grosso, e pense que eu decidi ir de ônibus; mas desta vez eu não tinha mesmo que ir ao Pantanal. Veja: A Nayana me levou de Carro até Bragança, de lá peguei um ônibus ate Santa Maria, quando cheguei na rodoviária, so ia ter ônibus no dia seguinte (risos) peguei o primeiro ônibus de volta a Bragança, de Bragança peguei um taxi e a noite lá estava eu outra vez para risadas e mais risadas das meninas( risos) pai o senhor já voltou do Pantanal? Me perguntavam com um ar de sacanagem (risos). Agora definitivamente eu tinha desistido, Pantanal so de outra vez!



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Na casa da minha filha, trabalha uma menina chamada Roseane, em conversa, ela me perguntou se eu conhecia a ilha do Canela, eu me interessei pelo lugar, ela falou um milhão de coisas boas sobre a Ilha, eu fui para a internet, pesquisei sobre o lugar, achei uma maravilha e decidi conhecer. A Ilha do Canela fica aqui pertinho de Bacuriteua, barcos levam turistas e pescadores que residem na ilha, eu fui até o porto do Taperuçu, ponto de embarque para a Ilha, fui com o meu neto (foto abaixo) acertei tudo, íamos sair as 2 da tarde, quando a maré enchesse.



Eu pensava que a ilha fosse cercada por manguezais, que a embarcação sempre ia beirando as margens, pensei que fosse uma viagem tranqüila, a Roseane ( moça que trabalhava na casa da minha filha) tinha me arrumado dois companheiros, dois garotos que tinham parentes na ilha, ou seja seria na casa desses parentes onde eu ia ficar quando chegasse a ilha, os meninos que atendia pelo o apelido de Duano e Papudo, um de 14 outro de 15 anos, começaram a me contar como seria a viagem, e como era a Ilha... Meus amigos, logo eu pude constatar que a coisa era séria, e o pior: O barquinho que eu tinha alugado o PIRATA, era pequenininho, a tripulação, dois irmãos gêmeos faziam a viagem sempre com um litro de pinga, e assim os meninos me contaram mais e mais, mas como eu já tinha acertado tudo, o jeito foi seguir em frente rumo a Ilha do Canela.
Meu neto e eu, no porto do Itaperuçu esperando a maré encher para que o barquinho pudesse seguir rumo a ilha do canela.
A maré subiu e lá se vai o Pirata (nome do barquinho) calmamente abeirando o manguezal... Uma curva no rio, outra mais na frente... ... E de repente; o mar, 2:30 da tarde, a calmaria dos mangues e águas tranqüilas do rio transformou-se em ondas e mar bravo(risos) Nossa Senhora, pense no medo, e a insegurança, os dois já meio tomados de pinga, quando o barquinho adentrou o mar, parecia não ir suportar a pancada das ondas, eu sinceramente procurava me segurar onde desse, o que não era nem um pouco fácil (risos)
O que esse barquinho balançou nesse marzão amigo... Não foi facil (risos)
Observe: Nesta primeira foto, o barquinho ia sempre beirando o manguesal, e na foto mais acima o mar aberto.
Na foto acima você pode observar que no mar aberto não se sabe ao certo onde vai, a Ilha fica muito distante, e nesse horário os ventos fortes e ondas pesadas jogam o barquinho, como que ele fosse de papel, a impressão que eu tinha era que ele ia se partir ao meio (risos) Estou rindo agora(risos) mas no dia a coisa foi séria e muito perigosa, depois fui saber que o barco que fazia esta travessia era um barco novo e bem maior. Sei que depois de umas 3 horas de medo chegamos a tão esperada Ilha do Canela, o lugar é um paraíso, poucas casinhas compõe a vila de pescadores que ali, naquele pedaço de areia no meio do mar, certamente por falta de opção decidiram fazer suas casas, casinhas essas que na subida das marés ficam parcialmente alagadas
E foi aqui nesse paraíso, nessa belíssima casinha na beira do mar onde passei a noite e o dia seguinte, na madrugada, quando acordei, pude ouvir o barulho das ondas no tabuado (piso) de madeira da casinha, pois a maré foi grande e passava por baixo da casinha. O jantar foi servido no alpendre, eu estou sentado no que segundo o Dono da casa seria a vértebra de um peixe. Na foto acima eu estou tomando banho, água aqui é um dos maiores problemas da ilha, toda água vem da cidade, inclusive a de banhar, é que as mares altas alagam toda a ilha, e alem de soterrar as pequenas cacimbas feita por eles a água do mar deixa tudo salgado. Já é noite, hora de dormir, veja que maravilha, imagine que dormida... Aqui a maré estava em baixo da casa, podiamos ouvir o barulho das ondas no tabuada, ou seja; no piso da casinha de palha.
O dia amanhecia, eu já estava na areia assistindo o nascer do sol, o grande numero de pássaros por toda a praia, era realmente um grande espetáculo. Hora de conhecermos a ilha, saímos em busca de um fruto o Agirú, segundo os meninos é uma delicia...
Eis o agirú, eu não gostei, mas comi, a ilha é realmente um paraíso, muitos guarás, garças... Nós exploramos boa parte da ilha seguidos por inúmeros cachorros (risos) Observe os cachorros na foto abaixo.

Hora de pescar, tomar banho e admirar a grandeza e beleza daquele lugar, o que a bem pouco tempo era mar, agora são km e kms de areia, veja foto abaixo...

Já estamos com fome, e veja o que temos na rede colocada a bem pouco tempo atrás no mar... Uma corvina, quase 3 k, almoço garantido (risos)
Esse é o Raimundo, o dono da casa, a esposa dele esta na cidade, foi ganhar nenem.

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