* Dia 22/10/2006, Hoje Domingo, acordei sem disposição, uma quebradeira no corpo, mais peguei a estrada assim mesmo, 8:00 da manhã. Esse dia vai ficar para sempre gravado em minha vida (risos) Eu saí de Araguatins cedo, comércio fechado, quando abasteci percebi que me sobrava somente 23,00 na carteira, e ai? Fazer o que? Tudo fechado. Bom o tanque estava cheio e eu ia seguir em frente até uma agencia bancária onde eu pudesse sacar algum dinheiro, 10:00 da manhã eu estava em cima de outra balsa, agora ligando o Tocantins a Imperatriz no Maranhão, outra vez ia Pegar a Belém Brasília, fui a lotérica e nada, o sistema estava fora do ar, segui em frente mais agora voltando, ia outra vez sair em Dom Elizeu, pois o problema de saúde se agravava e eu já me decidi, estava de volta pra casa, passei em Açailandia, almocei em Aurora do Pará, eu já estava outra vez no estado do Pará, abasteci ou seja coloquei 10,00 de gasolina, só me restava 4,00 no bolso já que o almoço tinha sido 9,00. Sempre pensei que seria capaz de me virar por aí sem dinheiro, as vezes, quando pensava em viajar eu imaginava que poderia conseguir dormida, comida me achava desenrolado, e agora seria uma excelente oportunidade para tirar essa historia a limpo, pronto: hoje eu não procuro mais agencia bancária vou ter que me virar para jantar e dormir (risos) tomei um suco 1,00, já era quase noite, hora de parar, mais eu queria chegar a uma cidade maior, e fui informado que a uns 25 km dali estava a cidade de Mãe do Rio, então resolvi arriscar a noite. Veja o que dá a imprudência, esse trecho da Belém Brasília estava esburacado, a noite o risco de assaltos é grande, dificilmente se encontra um carro na estrada, e lá estava eu, senti que corria riscos e para piorar ao passar em uma estrada de terra, vi que 02 motos cada uma com garupa, saíram atrás de mim, eu acelerei 100 km, e eles bem próximo, 120 km, como eles vinham com garupa, e as motos eram pequenas, ficaram para trás, ao chegar em um posto na estrada eu parei, fiquei a conversar com o frentista e mais alguns caminhoneiro que iam dormir ali no posto, quando as duas motos pararam a uns 10 m de onde eu estava, os caras desceram, e eu senti que eles me olhavam como se dissessem: Escapou hem? Eu fui informado que a cidade Mãe do Rio ficava a 9 km dali, resolvi seguir em frente, mais de olho nos motoqueiros, sai voado, esses 9 km foram os que andei com mais medo e mais rápido em minha vida, e como se não bastasse ainda deu uma chuvinha fina (risos) Pronto 8:00 da noite estou em Mãe do Rio, estacionei ao lado de uma praça, tirei capacete, luvas, casaco, sentei-me em um banco tipo parada de ônibus e respirei aliviado. Pensei como faria, e me veio a idéia de procurar o padre da cidade (risos) É isso mesmo pensei; o Padre. Peguei a moto e fui até a Igreja, pois casas paroquiais ficam sempre próximas. Ali me informei e em pouco tempo eu falava com o Pe. Luis, expliquei pra ele, falei que estava viajando e queria que ele me arrumasse uma dormida e dinheiro para eu comer alguma coisa (risos) ele mandou que eu esperasse um pouco, subiu ao quarto e me trouxe 10,00 pronto moço! É tudo que posso lhe arrumar, eu agradeci e sai rindo da situação, tomei um suco com salgados que custou 3,00 e os 10,00 eu consegui depois de muito papo uma dormida no Hotel Mãe do Rio. Hoje rodei 480 km.

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